13.11.2017 às 16:18

Ricardo Veiga comenta evoluções tecnológicas do mercado ferroviário

Adaptar a realidade social ao futuro da internet industrial, associando mentes e máquinas. Essa é a rota para o aumento da produtividade e da rentabilidade, comprovada pela troca de informação entre as mais importantes empresas brasileiras que marcaram presença no simpósio Minds + Machines Francisco, nos Estados Unidos da América (EUA).
O gerente geral de Manutenção de Eletroeletrônica, Ricardo Veiga,  participou do simpósio e compartilhou conosco algumas experiências.

BLOG MRS: A Era Digital expôs o ser humano a um vasto terreno de interatividade virtual e acesso a informações em tempo real. Como isso se aplica ao mundo empresarial?

RICARDO VEIGA: O simpósio foi uma excelente oportunidade para visualizar o que as empresas de ponta projetam para o futuro das atividades industriais, sejam elas pertencentes ao ramo de energia, óleo e gás, da medicina preventiva, da aviação ou do transporte ferroviário, contexto no qual nos inserimos. Tudo isto foi apresentado de forma abrangente, no GE Minds & Machines 2017, em sua quinta edição. Lá, tive a oportunidade de conhecer produtos, conceitos e aplicações dentre o que há de mais moderno na indústria e que pretendo compartilhar internamente para juntos traçarmos estratégias de longo prazo.

BM: Mergulhar neste mundo digital é uma necessidade das grandes empresas?

RV: Sim. Estamos falando em funcionalidades e aplicações já presentes no cotidiano de empresas que se posicionaram na vanguarda do mundo dos negócios. IIoT (internet das coisas voltada para a indústria, sigla em inglês), computação em nuvem, inteligência artificial, ciência dos dados, predição e prescrição digital são algumas expressões que um desavisado poderia interpretar como sendo oriundas de um livro de ficção científica, mas, para as empresas que buscam crescimento, produtividade e competitividade, esta inserção é essencial.

BM: O impacto real proporcionado pela tecnologia foi discutido por líderes que buscam alternativas inovadoras para o mundo dos negócios. Como você vê essa busca constante por evolução tecnológica?

RV: Com a popularização e a modernização de redes e sistemas de dados, avanços no desenvolvimento de equipamentos digitais e softwares, a sociedade vem gerando trilhões e mais trilhões de bytes que o ser humano, sozinho, não consegue mais analisar, correlacionar e transformar em informações úteis para uma atividade ou negócio. Aliado ao fato de que os dados trafegam de um canto a outro do planeta na velocidade da luz e que as decisões empresariais passaram a ser tomadas, não com base em amostras de longos e estáveis períodos, mas a cada milissegundo com variáveis coletadas dos mais diversos dispositivos, ficou evidente a complexidade e a dimensão do universo profissional neste século. Tornou-se indispensável, então, descentralizar a inteligência de um processo transferindo-a para cada célula ou ativo, seja ele uma máquina de fresa, uma locomotiva, um trem ou um pátio de manobra, de forma que pudesse predizer suas condições de trabalho operacional, suas entregas e sua “saúde” com base em tendências individuais. Tais predições permitiriam o processamento em nuvem, com auxílio de aplicações e sistemas dotados de inteligência artificial autoevolutiva, que pudessem suportar, de forma assertiva e sustentável, as decisões humanas a respeito de sua atividade econômica ou social.

BM: O que pode ser aplicado ao negócio da MRS?

RV: A MRS sempre foi uma empresa com histórico de eficiência operacional, conformidade técnica, foco na sustentabilidade de sua atividade fim e na segurança de seus colaboradores e parceiros. Somos uma instituição culturalmente alinhada com a tomada de decisões baseada em fatos e dados, armazenados digitalmente em servidores protegidos e redundantes. Além disto, temos disponível uma rede própria de fibra ótica que acompanha nossa ferrovia e que nos integra para uma operação de transporte confiável e produtiva. Eu diria que tornar-se uma empresa digital, muito mais do que uma necessidade evolutiva, é um caminho natural para quem sempre inovou no país, pois somos MRS, então, por que não dizer “Mentes Reunidas para Superação”?

Na oportunidade, os líderes discutiram qual a melhor gestão dos ativos, a importância da segurança, da inovação e como a transformação digital afeta toda uma sociedade. Para saber mais sobre o evento, clique aqui.

Por MRS