28.05.2020 às 12:34

Pneus especiais e de grande porte são transportados pela MRS

Uma carga inédita para a MRS saiu do Terminal do Arará, no Porto do Rio de Janeiro (RJ): 45 “pneus fora de estrada” que possuem 3,6 metros de diâmetro e que são usados em veículos especiais. A MRS foi a empresa responsável pelo transporte, realizado em maio de 2019. O destino ferroviário da carga foi o Estado de Minas Gerais.

Os pneus fora de estrada são comumente transportados por rodovias, numa operação que exige cuidados como a presença de batedores e autorizações dos órgãos de trânsito. Esse processo rodoviário implica custos elevados e transtornos como engarrafamentos provocados pelas carretas especiais utilizadas, obrigatoriedade de circulação em velocidade reduzida e impacto nas praças de pedágio das rodovias, com a necessidade de abrir espaços nas cancelas. A MRS mostrou, mais uma vez, os atributos da ferrovia: melhor custo, mais segurança operacional e da carga, menor impacto ambiental com a redução na emissão de CO2 em 45%, uma operação menos demandante para o cliente e maior previsibilidade no processo logístico.

“Além das vantagens usuais que a ferrovia oferece, neste momento de pandemia do novo Coronavírus, a operação ferroviária demanda uma menor circulação de pessoas nos terminais intermodais. A MRS adiciona, assim, ainda mais segurança para os seus clientes. Todo esse processo só foi possível graças à participação de diferentes áreas no desenvolvimento da solução”, relata o gerente de Industrializados, Diogo Gogliath.

Desafio Operacional

O transporte dos pneus foi um desafio operacional cuja solução foi construída em conjunto pelas equipes de Pátios e Terminais, Engenharia e Operação ao longo de dois meses. Uma primeira decisão foi usar os vagões double stack. Esses vagões são rebaixados, característica essencial para permitir o posicionamento dos contêineres abertos que acomodam os pneus.

“A operação foi inédita para a MRS em pelo menos dois aspectos, pela carga e por questões operacionais. Os vagões double stack foram pela primeira vez utilizados na rota RJ-BH, por exemplo. Isso abre oportunidades para cargas semelhantes que chegam ao Porto do Rio”, afirma o assistente Comercial, Abílio Vital.

Todo o transporte, antes de ser realizado, é avaliado por um grupo técnico, que deve dar um parecer sobre o fluxo que será adotado. Esse caso demandou a criação de um novo fluxo, por se tratar de uma carga inédita para a MRS.

“Avaliamos três pontos essenciais antes do parecer relativo ao vagão: o gabarito da carga, isto é, a sua altura já posicionada na composição; a estabilidade da carga, calculando qual o seu centro de gravidade e, dessa forma, seu equilíbrio no transporte; e o raio de inscrição entre vagões e locomotiva, que deve atender aos parâmetros do trecho que será usado e dos terminais de carga e descarga. Todos esses pontos estavam em conformidade e o double stack se mostrou a melhor opção de vagão”, afirma o consultor Ferroviário da Diretoria de Engenharia e Manutenção, Armando Sisdelli.

Por MRS