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06/jun/2016

Maior trem de contêineres é marco importante para a MRS

Composição de 85 contêineres carregados de sucata de alumínio e insumos para fabricação de produtos químicos saíram do porto de Santos em direção ao Terminal da Cragea, em São José dos Campos

DSC_0002A MRS realizou, no mês de maio, uma operação inédita que abriu ainda mais as portas para o transporte de contêineres, modalidade que admite qualquer tipo de produto e com o máximo de integração entre trens, portos e o modal rodoviário. Uma composição circulou com 85 contêineres pela rota Santos-Vale do Paraíba (maior trem formado somente por contêineres desde que foi iniciada a programação de grade fixa).

Os 85 contêineres (90 TEUs*) saíram da Santos Brasil (operadora de terminais portuários e logística), no porto de Santos, carregados de sucata de alumínio e insumos para a fabricação de produtos químicos. De lá, foram levados ao Terminal da Cragea, em São José dos Campos; o destino final são fábricas de clientes da MRS também no município de São José dos Campos e no de Pindamonhangaba, ambos no estado de São Paulo.

“Esse tipo de operação acontece de acordo com a demanda. Não é possível afirmar que se trata de uma tendência, mas é muito provável que novas operações com composições desse porte ocorram nas próximas semanas”, avalia Guilherme Alvisi, gerente geral de Negócios para Carga Geral da companhia.

A composição com 85 contêineres

Os contêineres têm ganhado cada vez mais espaço no transporte ferroviário. No primeiro trimestre de 2016, por exemplo, a MRS registrou crescimento de 60% no segmento se comparado ao mesmo período do ano passado. No fechamento de 2015, foi registrado, pelo segundo ano consecutivo, um crescimento superior a 30% no transporte das caixinhas, totalizando 67,7 mil TEUs transportados.

Para a coordenadora de Serviços Logísticos Juliana Arjona, o bom relacionamento e o alinhamento entre os clientes e parceiros logísticos envolvidos é fundamental para o sucesso da operação.

“Toda a operação foi alinhada entre as partes, que estruturaram a solução logística multimodal em parceria. Nós, da MRS, estamos diretamente envolvidos e comprometidos com a performance das partes no processo, como o terminal da Cragea. A Logística e a equipe de Pátios e Terminais estão sempre presentes, in loco, e esse acompanhamento nas etapas operacional e burocrática do processo é fundamental para garantir eficiência”, afirma.

Grade fixa

68_KMP_9983A grade fixa de trens viabiliza atendimentos a demandas de contêineres dentro de padrões pré-definidos, ou seja, há uma operação desenhada para cada rota de atendimento sinalizada pela área Comercial: todos os envolvidos sabem a que horas o trem parte, circula e chega ao destino. No entanto, a analista de Planejamento da Circulação e Controle da Operação Natasha Granato, ressalta que, apesar da denominação “fixa”, as grades ainda permitem à MRS uma certa flexibilidade de atendimentos entre rotas.

“As referências operacionais, já definidas, facilitam o planejamento de volumes por rotas, mas com certeza são imprescindíveis à programação no momento de tomada de decisões mais seguras e ágeis com base na grade”.

Segundo Natasha, três características da grade fixa contribuíram para a circulação do trem de 90 TEUs.

“O primeiro ponto é a mobilidade entre rotas, pois o espaço para trens maiores no terminal depende da demanda do momento; o segundo fator é a visibilidade prévia dos programadores, que conseguem visualizar de imediato a oportunidade de ocupação do terminal por um trem maior; e, por fim, a organização dos atendimentos, que proporciona às áreas envolvidas na operação a visão rápida do desenho planejado”, conclui.

Melhorias e investimentos

A circulação do trem na rota Santos-Vale do Paraíba começa na margem esquerda do porto de Santos e termina em São José dos Campos. O especialista ferroviário da Gerência de Pátios e Terminais – Baixada, Fabiano Oliveira, destaca os investimentos feitos pela MRS nesse trecho para viabilizar um transporte cada vez mais eficiente.

1791“Várias obras e aquisições melhoraram a capacidade e a qualidade da malha da MRS e o transporte de carga geral tem sido bastante beneficiado com as melhorias. O trem de contêineres passa, nesta rota, por Raiz da Serra, onde sobe a Cremalheira com as locomotivas Stadler, por Paranapiacaba e, por fim, pela Segregação Leste, exemplos claros de investimento”, pontua Oliveira.

Twenty Feet Equivalent Unit, a unidade padrão do segmento, que corresponde a um contêiner de 20 pés