Entenda a Fips e sua relevância para a logística nacional
A sigla Fips vem sendo cada vez mais mencionada por profissionais de logística desde dezembro de 2022, quando representantes das concessionárias MRS, Rumo e VLI assinaram o contrato associativo, junto à Autoridade Portuária de Santos – Santos Port Authority (SPA) -, para administração da Ferrovia Interna do Porto de Santos pelos próximos 35 anos.
A nova cessionária será responsável pela gestão, operação, manutenção e expansão da infraestrutura ferroviária do Porto de Santos, por meio de um modelo baseado em autorregulação administrativa e operacional, sem finalidade lucrativa e com compartilhamento de custos.
Mas qual o impacto positivo para o desenvolvimento da logística nacional?
A capacidade ferroviária atual do complexo portuário é de 50 milhões de toneladas por ano e a SPA estima que o volume transportado seja duplicado no período de cinco a dez anos. Para isso, a nova cessionária, formada por MRS, Rumo e VLI, terá que investir R$ 891 milhões, em até cinco anos, com objetivo de ampliar a capacidade ferroviária do complexo portuário.
Indicado pela MRS e pela VLI, o gerente geral de Planejamento Estratégico da MRS, Rafael Hipólito, foi e eleito como Diretor Administrativo Financeiro da Fips e, ainda no mês de abril, deixará a empresa para assumir este novo desafio profissional na Ferrovia Interna do Porto de Santos.
“A Fips nasce forte, independente, com uma diretoria estatutária, sem vínculos com as concessionárias ferroviárias. É importante reforçar que há uma governança robusta para garantir isonomia no tratamento de todos os players, no transporte das mais variadas cargas”, reforça Hipólito. “Este é um marco muito importante para o desenvolvimento do país, considerando a representatividade que tem o Porto de Santos na economia nacional. A Fips veio para agregar valor à cadeia logística brasileira, se tornando um case de sucesso do modelo de autogestão no Brasil, representando alinhamento regulatório entre duas grandes agências – Antaq e ANTT -, TCU, MPF, Autoridade Portuária e dois Ministérios, Transportes e Portos e Aeroportos. É, também, um símbolo de parceria estratégica entre grandes players do setor, com objetivo de desenvolver melhores práticas de governança, gestão e planejamento”, complementa.
A entrada da MRS na Fips é mais uma importante sinalização de que, diante do Novo Referencial Estratégico, a empresa assumirá compromissos alinhados com o propósito de criar e operar soluções de logística integrada cada vez mais competitivas e confiáveis.
Além da Diretoria de Finanças, a ser liderada por Hipólito, já estão definidas outras duas posições da alta gestão da Fips: João Almeida, com larga experiência na operação portuária, será o diretor Presidente e Edison Citelli, com longa carreira na operação ferroviária, assumirá a posição de Diretor de Operações. Ambos trabalham, atualmente, na Rumo e vão se desligar para assumir o novo desafio.