MRS avança em mais uma etapa de entrega do Portal Baixada
Nas últimas semanas, a MRS avançou em mais uma etapa da entrega do Portal Baixada, segunda fase do projeto de governança operacional para a região da Baixada Santista, um dos compromissos assumidos pela MRS na renovação da concessão, assinada em julho de 2022. O principal objetivo dessa entrega é a sistematização e a transparência das informações disponíveis aos programadores, o que otimiza a programação de trens a partir da digitalização e automatização de processos e promove melhoria operacional.
O desenvolvimento da solução digital foi dividido em seis entregas, das quais duas estão em produção e já trazem benefícios à rotina diária do time que compõe a Célula de Programação de Ferrovias. O Portal permite a programação, via sistema, de forma estruturada, acesso seguro para MRS, VLI e RUMO, e a automação de processos manuais. Além disso, é integrado e conectado, em tempo real, ao sistema legado SISLOG, que proporciona o aproveitamento de dados históricos e diminui a necessidade de digitação pelos colaboradores.
Atualmente, o time técnico está fazendo os últimos ajustes de desenvolvimento e, na sequência, as equipes das três concessionárias serão treinadas. A previsão é de que, nas últimas semanas de maio, toda a programação comece a operar de forma assistida até a implementação final.
“A partir da entrega 3, ganhamos transparência, já que todas as informações estarão disponíveis para a consulta online pelas concessionárias e pelos órgãos de controle, e também previsibilidade com horizontes mais longos para a programação de trens. Com maior previsibilidade, podemos aumentar a nossa capacidade de transportes pelo modal ferroviário, melhoramos o atendimento aos terminais e ganhamos em satisfação dos clientes finais”, explica o especialista Gustavo Vale, responsável por garantir o sucesso das implantações na fase 2.
Para o gerente de Soluções Digitais Edilson Fonseca, as obrigações descritas no anexo IX do aditivo ao contrato de concessão da MRS (Renovação) vieram como uma janela de oportunidades para a transformação digital na MRS:
“Conseguimos sair do modelo analógico e começar a imersão no mundo digital dentro de uma localidade que tem extrema relevância para as exportações do Brasil. Com o avanço das fases, conseguiremos habilitar tecnologias e escalar essas soluções em mais localidades da MRS, nos levando para uma ferrovia digital”.
Antony Carraro, coordenador de Operações do Porto de Santos, pontua que o Portal da Baixa trouxe muitos avanços de suporte ao dia a dia da rotina operacional:
“Estamos tendo muitos avanços, entre eles a otimização de processos que possibilitam mais flexibilidade e inovação na rotina da operação, uma vez que tivemos a redução de 67% do tempo de execução das atividades. Isso nos dá a possibilidade de criar novas ideias, além de proporcionar uma mudança de mindset em relação à produtividade e segurança, o que nos projetará a melhoras constantes e nos colocará dentro das quatro linhas para atendimento de excelência ao cliente e exigências do anexo 9 da Baixada Santista”.
Confira os requisitos contemplados nas duas primeiras entregas:
– Consolidação das programações e ordenação dos trens sistematizados;
– Criação de prefixos dos trens e acompanhamento automatizado das viagens programadas;
– Expansão do acesso ao sistema para todas as ferrovias;
– Criação do padrão de aprovação das programações via sistema;
– Registro automatizado das viagens realizadas
Até o início da implementação, todas as atividades eram realizadas de forma não sistematizada, totalizando mais de 18 planilhas operadas e 19 e-mails trocados diariamente, que afetavam negativamente a produtividade na execução da rotina de programação e geravam retrabalho a cada necessidade de alteração. A entrega completa proporcionará a digitalização e a formalização da programação realizada para o dia (D) com visão detalhada de 8h em 8h, e a previsão expandida para as próximas 16h, completando previsões para 24 horas (D+1); a aprovação digital e transparência das programações para as interfaces, incluindo os órgãos reguladores como Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Ministério dos Transportes; a parametrização do sistema e o desenvolvimento de pessoas.

Legenda: visão de telas de login, programação e acompanhamento de trens o trecho sob concessão da MRS na Baixada Santista, compartilhado com outras ferrovias.
O analista Felipe Pitta, destacado para assistir os colaboradores durante a implementação na Célula de Programação de Ferrovias, na sede da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), detalha que a primeira entrega foi focada em sistematizar o processo e, na segunda, o sistema foi liberado para outras ferrovias.
“Anteriormente, o ‘de acordo’ para validar a programação era dado de forma verbal, via telefone e a formalização acontecia por e-mail. A partir de agora o acompanhamento é sistêmico e o aceite também. Na entrega 3, nós desligamos toda a programação por e-mail e planilhas. O colaborador MRS gastava muito tempo com atividades de digitação e agora ele pode se dedicar a construir um horizonte maior de programação. A adaptação ao Portal está sendo fácil, já recebemos muitos feedbacks positivos em relação às funcionalidades implementadas. O engajamento nas reuniões de treinamento é notável e todos reportam os pontos de melhoria, participando ativamente da construção do produto final.”

Foto: Matheus Jonas, programador da Célula de Programação de Ferrovias MRS, executando a rotina de programação e operando o Portal Baixada.
“A atividade diária melhorou muito. Só de não ter mais que digitar a criação de cada um dos prefixos dos trens por programação, adiantou muito o nosso trabalho. Antes eu gastava uma hora nessa execução por programação, agora invisto menos de 15 minutos”, explica o colaborador Matheus Jonas, programador MRS na Célula de Programação de Ferrovias.
Marcionílio Luna, programador da Rumo, pontua que “tirando a manipulação de várias planilhas do processo, o trabalho que eu fazia em 40 minutos, hoje faço em menos de 15 minutos, tudo via sistema. Ficou muito bom mesmo!”
Ferrovia Interna do Porto de Santos – Fips
A Fips, nova empresa responsável pela gestão, operação, manutenção e expansão da infraestrutura ferroviária do Porto de Santos, foi constituída pela associação das concessionárias MRS, Rumo e VLI, e seguirá abrigando a Célula de Programação de Ferrovias, que reúne o time de programadores responsáveis pela operação do trecho conhecido como Ferradura, sob concessão da MRS, até que a quinta fase do compromisso da renovação entregue a edificação que vai receber o Centro de Controle Operacional Integrado para a Baixada Santista.
Na quarta fase está prevista a integração dos sistemas ferroviários e portuários permitindo a troca de informações em tempo real e apoiando a programação automática em horizontes de D+2 e D+3.
Publicada 19.05.2023