Tudo sobre Regulação
Se você ainda não sabe, foi criada, recentemente, uma área de Gestão Fundiária na MRS. São muitos os desafios do novo contrato de concessão para o desenvolvimento de todos os investimentos obrigatórios, somados às necessidades atuais de gestão do contrato vigente, principalmente com relação à preservação da faixa de domínio ferroviária – seja pela ótica patrimonial ou operacional -, por isso a formação de uma equipe dedicada ao tema.
Com a estruturação do escopo de gestão fundiária, será possível continuar atendendo às obrigações regulatórias vigentes, além de executar os projetos de aquisições de terrenos e desapropriações de forma eficiente, tudo alinhado à proposta de responsabilidade social, para casos de reassentamento e parcerias com os entes públicos. No “Tudo sobre Regulação” deste mês, você vai conhecer as principais responsabilidades da nova área. Boa leitura!
Quais são os principais escopos e desafios da nova área de Gestão Fundiária?
Rotina de manutenção e operação
- Regularização e manutenção de terrenos próprios e obrigações a eles relacionadas;
- Regularização e implementação do fluxo para servidões;
- Atuação com confrontantes (liberações e/ou indenizações);
- Reparo e indenização de incêndios; e
- Suporte a inquéritos civis – faixa de domínio.
Invasões de faixa
- Atendimento aos pontos de risco;
- Priorização de locais notificados pela ANTT (penalidades);
- Diligenciar processos de reintegração de posse;
- Execução de desocupações e reassentamentos; e
- Diretrizes e premissas para avaliação da faixa de domínio.
Novos projetos de investimento e obrigações regulatórias
- Estudos preliminares para tomada de decisão;
- Gestão dos bens da concessão (inventário, auditoria das condições de conservação, regularizações com Poder Concedente);
- Aquisições;
- Desapropriações; e
- Arrendamentos.
Quais são os principais normativos de Gestão Fundiária?
NBR-14.653 – Avaliação de bens: Imóveis rurais, urbanos, máquinas, equipamentos, recursos naturais, patrimônios, etc.
NBR-12.721 – Benfeitorias
NBR-13752 – Perícias de engenharia na Construção Civil
SINDUSCON Estaduais
Publicações IBAPE
Depreciação Ross/Heidecke
CPCs contábeis e Lei 10.406 – lucros cessantes e mensurações
IN Desapropriação DNIT
Como deve ser a atuação no processo de Gestão Fundiária?
1 – Parceria e sinergia com os times de projeto, uma vez que o ponto mais crítico da Gestão Fundiária está no vazamento de informações, pois os proprietários dos imóveis já se preparam para resistir à abordagem e dificultar o processo de negociação administrativa;
2 – Necessário que o estudo fundiário seja iniciado na etapa conceitual e os projetos acurados em campo e cartório na etapa básica, ficando revisões e atualizações para etapa executiva;
3 – Necessidade de contratação de empresa com know-how específico, com certificação IBAPE, corpo jurídico e profissionais capacitados para apoiarem em negociações ou processos judiciais futuros;
4 – Uso de imóveis de terceiros com a devida negociação e regularização cartorial;
5 – Evitar negociações de acesso realizadas de forma inadequada, com contrapartidas “No Compliance”; e
6 – Zelar pela faixa de domínio (risco operacional e contratual).
| Publicado em 5.11.2021